sábado, 30 de abril de 2016

Não me venhas dizer que a culpa é minha, por não saberes sobre a minha vida

Que tu não me venhas culpar
Que tu não me venhas dizer
Que por teu filho ser
Tu deverias saber

Seus costumes e tradições,
Já mortos.
Te impedem de entender, conhecer.
E já não consegues pensar
Sem julgar.
E precisas olhar
Para acreditar.

Pois teu deus disse que é vergonha.
Ao teu redor, te olham com indagação
Mera besteira, bobagem e ilusão.

Não sabes ainda que enquanto tua cabeça esquenta
Importando-se com tanta lei, regra e letra
A vida passa, se apressa
E você aos poucos, me perde nessa.

Minha vida vai se tornando mistério
Já não tens mais o que dizer sobre quem eu fui ou era
Sobre onde estou ou estive
Sobre o que fiz
Sobre o que conheci
Sobre o que aprendi
Sobre o que vivi.

Eu já não existo
O que tu conheces e pensas saber
É apenas sombra de como querias me ver
Apenas memória
Daquilo que um dia já fui
Daquilo que quiseste que eu foste.


Já não sou mais.

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